A Hapvida e a Notredame Intermédica chegaram a um acordo para fundir suas operações, juntando dois gigantes regionais verticalizados de saúde para criar uma companhia nacional com valor de mercado de cerca de R$ 110 bilhões, fontes a par do assunto disseram ao Brazil Journal.
É a maior combinação entre duas empresas brasileiras desde a fusão entre Itaú e Unibanco em novembro de 2008 — R$ 85 bilhões em valores da época — e vem num momento em que as grandes redes hospitalares também acentuam a briga por escala.
Os acionistas da Hapvida, fundada por Candido Pinheiro, ficarão com 53,6% da nova empresa, enquanto os acionistas da Intermédica terão 46,4%.
Os acionistas da Intermédica também receberão R$ 4 bilhões numa ação preferencial resgatável.
No fechamento de hoje, a Hapvida valia R$ 57 bilhões na B3. A Intermédica valia R$ 52,7 bi.
O valuation final implica um prêmio de 15% em relação ao valor da Intermédica antes da proposta da Hapvida ser revelada. O prêmio embutido na proposta original era de 10%.
O CEO da Intermédica, Irlau Machado, e o da Hapvida, Jorge Pinheiro, serão co-CEOs da nova companhia, ficando responsáveis por suas respectivas regiões geográficas. Candido Pinheiro, o vice-presidente comercial da Hapvida, também esteve envolvido nas negociações.
BTG Pactual e o Itaú BBA assessoraram a Hapvida. Pinheiro Neto e Madrona Advogados deram assessoria jurídica.
Citigroup e JP Morgan assessoraram a Intermédica, que teve assistência do Souza, Mello e Torres.