O Itaú retomou a cobertura do Banco BR Partners com ‘outperform’ e valor justo de R$ 21, um upside de 22%.
Os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard disseram que, apesar das condições de mercado desfavoráveis, a BR Partners teve uma boa execução em 2021, o ano de seu IPO, e entregou um crescimento de 56% no lucro, dentro do esperado. O ROE ficou em 26%.
Para os analistas, a BR Partners está conseguindo evitar a natureza cíclica do negócio de investment banking por conta de seu time muito forte, de novos produtos – a empresa tem crescido em estruturação de renda fixa e passou a fazer debêntures, CRAs e FIDCs – e dos seus altos níveis de capital.
Por conta disso, os analistas acreditam que é a ação ideal tanto para um 2022 “mais morno” quanto para 2023, quando o mercado pode melhorar num cenário de mais crescimento e juros menores.
Para eles, o valuation segue atrativo: a BR Partners está negociando a 11x o lucro estimado para 2022 e 8x 2023. No valor justo dos analistas, a ação estaria a 13,5x o lucro de 2022.
O Itaú BBA disse que a pouca liquidez do papel — um giro médio diário de R$ 4 milhões — e o crescimento do lucro mais impulsionado pelo capital dificultam um re-rating da ação, mas isso pode mudar quando o mercado voltar a olhar para histórias de growth e small caps.
A ação fechou a R$ 16,64 antes do feriado, com o banco valendo R$ 1,75 bi na Bolsa.