A Porto está começando a semana com duas recomendações de compra.

A Goldman Sachs iniciou a cobertura da seguradora com preço-alvo de R$ 43 — um upside potencial de 19% em relação à sexta-feira — e o Bradesco BBI deu um upgrade de ‘neutro’ para ‘buy’, aumentando o preço-alvo de R$ 37 para R$ 45, uma alta de 23% em relação a sexta-feira.

A ação abriu em alta de 2% em meio a um mercado em baixa.

O Bradesco usou três argumentos para justificar a recomendação: o aumento da Selic deve impulsionar os resultados financeiros; a Porto Saúde está crescendo mais do que o esperado; e a vertical de automóveis (em que a Porto é líder) deve ter um desempenho resiliente no ano que vem, com o ajuste nos preços dos carros usados.

Este cenário fez os analistas Gustavo Schroden, Eric Ito e Gabriel Menezes aumentarem a expectativa de lucro da Porto em 14% para o ano que vem e 17,7% para 2026.

“Estimamos que a empresa pode proporcionar um retorno total de 30%, assumindo um CAGR de 12,1% nos lucros entre 2024 e 2026 e um dividend yield de aproximadamente 7,5%,” escreveram.

Os analistas da Goldman seguiram na mesma linha e ainda alertaram que a resiliência do consumo, somada à alta da Selic, pode melhorar tanto os resultados financeiros quanto os operacionais.

O banco americano vê com otimismo a diversificação da Porto e as perspectivas para os segmentos de saúde, serviços e o bancário — todos com ROEs acima de 20%.

“As novas verticais de saúde já criam valor com ROEs acima de 20%, enquanto o negócio de seguros apresenta uma lucratividade próxima de 25%,” escreveram os analistas Tiago Binsfeld, Tito Labarta, Beatriz Abreu e Lindsey Shema.

Nas contas do banco, a Porto negocia a 7,8x o lucro estimado para 2025, um desconto de 13% em relação aos pares locais. 

O banco também prevê um CAGR do lucro por ação de 13% entre 2024 e 2027 — também 13% acima do consenso Bloomberg. A ação da Porto sobe 40% nos últimos 12 meses e opera em seu high histórico. A empresa vale R$ 23,5 bilhões na Bolsa.

Além da Porto, a Goldman também iniciou a cobertura do IRB e da Caixa Seguridade, ambos com recomendação ‘neutra’ e upsides potenciais de 10% e 8%, respectivamente.

Ainda na Goldman, o analista Tiago Binsfeld passou a liderar a cobertura de BB Seguridade e deu um ‘buy’ para o papel, com um upside potencial de 24%.