A Embraer levantou US$ 650 milhões com a emissão de um bond de 10 anos.

A demanda foi superior a US$ 7 bilhões — equivalente a 11x o book. Com isso, a empresa decidiu emitir mais do que os US$ 500 milhões previstos inicialmente.

O preço inicial do lançamento era um yield de 190 bps sobre o Treasury de 10 anos. Como a demanda foi alta, os coordenadores conseguiram baixar o yield para 158 bps sobre o Treasury (6,022%).

A emissão não aumenta a dívida da companhia, que anunciou tender offers para suas bonds de 2027 (any and all) e 2028 (até US$ 150 milhões). Caso as recompras se confirmem, o duration do passivo da companhia vai de quatro para quase seis anos.

Há ainda um papel com vencimento em 2030 no mercado.

A Embraer retomou seu status de investment grade no ano passado e havia uma grande expectativa em relação ao preço da operação.

“Foi uma transação de muito sucesso, que demonstra a qualidade do crédito da companhia. Além de ser o maior book brasileiro desde 2021, a qualidade dos investidores foi excelente,” uma fonte a par da operação disse ao Brazil Journal.

Os coordenadores globais foram Citi, Goldman Sachs, J.P. Morgan, Morgan Stanley e PNC Capital Markets. Bank of America, Bradesco BBI, Credit Agricole e Santander também participaram da operação.

Essa foi a quinta emissão internacional por empresas brasileiras em 2025. JBS, Bradesco, Usiminas e Ambipar já haviam ido ao mercado.

“O apetite do investidor continua lá. Quando a janela reabrir, podemos ter ainda mais ofertas,” disse a fonte.