O Citi melhorou suas estimativas para o setor de telecom no Brasil na sequência dos fortes resultados do segundo trimestre.
O analista Gabriel Gusan e seu time elevaram a recomendação para a ação da Vivo de neutra para buy. Também aumentaram o preço-alvo de R$ 43 para R$ 48, um potencial de alta de 13% frente ao fechamento de ontem.
O banco aponta “múltiplos fatores” que beneficiam a tese de investimento em Vivo. Um deles é a dinâmica competitiva favorável nos serviços móveis, com os recentes ajustes de preços.
Outros são a tendência de queda do capex, à medida que são mitigadas as pressões da migração da Oi e implementação de fibra, e a forte geração de caixa trazida por esse menor capex e também por créditos fiscais e eficiência operacional.
As estimativas para o Ebitda de 2023 e 2024 foram elevadas para R$ 20,6 bilhões e R$ 21,5 bilhões – ante R$ 20,5 bilhões e R$ 21,1 bilhões, respectivamente. O principal motivo foi uma melhor projeção para as receitas de serviços móveis.
No segundo trimestre, a receita da Vivo cresceu 8% frente ao mesmo período de 2022, impulsionada principalmente pelos serviços móveis, que avançaram 10%, o melhor resultado orgânico dos últimos dez anos.
O EBITDA somou R$ 5,1 bilhões, alta de 11%, e o lucro líquido atingiu R$ 1,1 bilhão, uma alta de 50% – ambos superaram o consenso.
O Citi também aumentou o preço-alvo para as ações da TIM, que já tinha recomendação de compra: R$ 17 para R$ 18, alta de 25% em relação ao fechamento de ontem. O banco vê mais potencial de upside para a empresa em razão da maior exposição ao segmento mobile.
Os analistas incluíram os reajustes de preços nos modelos para a companhia. A estimativa para o Ebitda de 2023 passou de R$ 11,1 bilhões para R$ 11,5 bilhões; para 2024, a projeção foi de R$ 11,7 bilhões para R$ 12,3 bilhões.
No segundo trimestre, o Ebitda da TIM cresceu 17%, para R$ 2,9 bilhões, e o lucro líquido dobrou, para R$ 638 milhões. A receita aumentou 9%, para R$ 5,9 bilhões.