O Itaú Unibanco decidiu vender sua operação na Argentina para o Banco Macro, uma instituição privada local, por R$ 250 milhões.
O Itaú pretende manter um escritório de representação no país. “Seguiremos atendendo os nossos clientes corporativos e de wealth e private bank a partir das nossas unidades do banco no Brasil e nas demais unidades externas”, disse, em comunicado, André Gailey, CEO regional do banco na Argentina, Paraguai e Uruguai.
O Itaú tem um banco pequeno na Argentina – o 16º em total de empréstimos em pesos argentinos –, que atende principalmente empresas exportadoras do país.
A visão do banco é que é possível continuar atendendo esses clientes corporativos por meio de um escritório local e capital externo.
Já a operação de varejo na Argentina, que nunca teve escala, não é rentável. “Entre crescer e sair, a decisão foi sair”, diz uma pessoa que acompanhou as negociações.
Na América Latina, o Itaú tem operações de maior porte, no atacado e no varejo, no Chile, Paraguai e Uruguai. Tem ainda um banco menor na Colômbia, que também enfrenta o desafio de se tornar rentável.
Segundo o comunicado divulgado há pouco, o Macro se torna o maior banco privado de capital argentino no país após a aquisição. Hoje, a instituição tem 565 agências e 9,4 mil funcionários. Também é listada nas bolsas de Buenos Aires e de Nova York.
O Itaú informou que “submeterá à aprovação das entidades reguladoras, na Argentina e no Brasil, um pedido de constituição de escritório de representação para seguir operando as atividades permitidas por sua licença e pelas demais condições do acordo de compra e venda com o Macro”.