A Viveo acaba de comprar três distribuidoras de reagentes para laboratórios por R$ 82 milhões.

A companhia adquiriu 100% do capital das empresas Apijã, Laborsys e Macromed, que fizeram uma receita líquida combinada de R$ 80 milhões e EBITDA de R$ 15 milhões nos últimos 12 meses.

A Apijã atende Goiás e Tocantins. A Laborsys tem presença forte no Paraná e Santa Catarina, e a Macromed opera em São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A Viveo já havia feito três aquisições similares em abril do ano passado.

O negócio de reagentes faz parte da divisão de Laboratórios da Viveo, que fez R$ 122 milhões de receita líquida no primeiro semestre do ano, um crescimento anual orgânico de 75% e de 190% incluindo as aquisições.

As aquisições de hoje adicionam R$ 80 milhões de receita a uma divisão que deve faturar R$ 200 milhões este ano, nas contas de analistas que acompanham a empresa.

Quando a Viveo começou a construir seu ecossistema de insumos em 2018, essa unidade faturava apenas R$ 30 milhões.

O mercado de insumos para laboratórios públicos e privados é estimado de R$ 3,5 bilhões; os reagentes são o insumo mais relevante, com cerca de 40% de share.

Neste mercado, a Viveo tem uma parceria comercial com a Roche, a marca líder em reagentes no Brasil, concorrendo com Abbott e Siemens.

A Roche abastece diretamente e faz a manutenção de grandes clientes como Dasa, Fleury e Hermes Pardini.  Mas nos outros 10.000 laboratórios pequenos e médios do País, a Viveo é a representante da Roche para tudo: desde instalar a máquina e vender o reagente até prestar serviços.

Com 17 aquisições nos últimos quatro anos, a Viveo construiu uma oferta completa de consumíveis e materiais descartáveis no chamado ‘pré-analítico’ (o momento da coleta) até o reagente para processar os exames.

Agora, a empresa pretende investir num marketplace B2B para conectar os pequenos fabricantes de insumos aos laboratórios.

A ação da Viveo fechou ontem a R$ 18,75, o menor preço desde o IPO. A companhia vale R$ 5,4 bi n Bolsa.