O BTG Pactual acaba de atualizar seu modelo para a Viveo, aumentando seu preço-alvo para R$ 23, um upside potencial de 40% em relação ao preço de tela.

O papel fechou ontem a R$ 16,37.

Os analistas do banco conversaram com o CEO Leonardo Byrro e disseram que o management está otimista em relação ao crescimento orgânico e tem dado um guidance de 15% de crescimento de top line por ano.

Ao incorporar essa visão mais bullish e os M&As recentes ao modelo, o BTG aumentou em 20% sua estimativa para o EBITDA da distribuidora de medicamentos, que agora deve bater em “pelo menos” R$ 1 bilhão já no ano que vem. 

O banco também aumentou sua projeção para o lucro líquido para R$ 511 milhões em 2023.

Com a nova estimativa, o BTG vê a Viveo negociando a apenas 9x o lucro de 2023, “um desconto robusto em relação às large caps e outros consolidadores do setor de saúde.”

O analista Samuel Alves lembrou que a empresa tem expandido significativamente no segmento de serviços com a compra de empresas como a Life, Famap e Pro Infusion, especializadas em nutrição parenteral e quimioterapia. 

Segundo ele, a Viveo deve fazer uma receita de R$ 1 bilhão nessa divisão de serviços no ano que vem, o equivalente a 10% do top line. Dois anos atrás, a vertical representava menos de 2%. 

Isso gera “margens maiores no consolidado, com um mix melhor de receita,” diz o relatório. 

Na conversa com o BTG, o management também disse que não descarta M&As em novos segmentos, ainda que o foco principal agora seja o crescimento orgânico.

“O portfólio atual da empresa oferece oportunidades gigantescas de crescimento orgânico, mas novos segmentos potenciais são bem-vindos, ainda que eles estejam um pouco mais seletivos em novos M&As já que a alavancagem deve terminar o ano em 2x.”