As viúvas do BTG

Um gestor cujo fundo usa ativamente a corretora do BTG e tem investimentos no banco como pessoa física lamenta a situação: “Eu sou uma viúva do BTG. Os caras fazem um trabalho muito bom, ágil, e nos últimos anos aprenderam a ser parceiros dos clientes. O problema agora é que vamos ficar na mão dos bancos nacionais, que estão acostumados a ser oligopólios no varejo e trazem essa cultura para a área de gestão de recursos. Eles cobram os maiores spreads e comissões possíveis, tentando extrair do cliente o último centavo de rentabilidade. Já na corretagem, a gente vai ficar na mão dos bancos internacionais, que são mais lentos na execução e mais, digamos.. ‘burocráticos’ com a legislação.”

The Flash

O sentimento encontra eco no mundo corporativo. O CFO de uma grande empresa listada disse que passou meses negociando com o Itaú um financiamento estruturado. A conversa não ia adiante. O BTG foi consultado, e o CFO ficou impressionado com a agilidade e qualidade do trabalho feito pelo banco. Em 48 horas, fecharam negócio.

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Cretinice

A decisão de Cristina Kirchner de não passar a faixa presidencial a seu sucessor confirma a máxima de que ‘o peronismo é o fato maldito da política argentina’. O último piti da ex-presidente é um tapa na cara de um país que passou por uma ditadura sangrenta, uma república onde muitos presidentes não chegam ao fim do mandato, e que merecia a decência de uma transição suave. Cristina preferiu privar o País desta elegância. Será lembrada por sua pequenez.

As sete vidas de Eduardo Cunha

Mas quem somos nós pra falar? Em Brasília, o soberano da Câmara, Rei do Baixo Clero e Senhor do Regimento conseguiu pela sétima vez adiar a votação de um conselho de ética que, de circo, ameaça se tornar uma casa de tolerância. Falta no Congresso o conceito-motor da Lava Jato: Erga omnes.