Pela primeira vez, uma universidade chinesa chegou ao topo de um prestigioso ranking de escolas de engenharia, deixando em segundo lugar o Massachusetts Institute of Technology (MIT).
A Universidade Tsinghua se tornou a melhor escola para pesquisa em engenharia no ranking da U.S. News & World Report, a revista americana cujo ranking de universidades existe há 30 anos. A revista analisou 250 escolas de engenharia em 60 países.
Não por acaso, a Tsinghua já era conhecida como “o MIT da China.”
O ranking é baseado no volume de publicações e citações acadêmicas, e na reputação de cada universidade. Na explicação do ranking, a revista diz que as universidades selecionadas demonstraram “força na produção de pesquisas relacionadas a uma variedade de tópicos de engenharia, incluindo engenharia aeroespacial, mecânica, elétrica e civil. Todos se baseiam no conceito de engenharia básica de usar matemática e ciência para resolver problemas. Estes são melhores universidades do mundo para engenharia.”
A Universidade de São Paulo (USP) ficou no 141º lugar, e a Unicamp, em 220º.
Enquanto o posicionamento da Tsinghua no ranking foi visto por alguns chineses como um momento ‘nunca-antes-na-história-deste-País’ — um emblema da ascensão da China no mundo — o The Wall Street Journal notou que, para outros, o posicionamento refletiu apenas a quantidade de pesquisas feita na instituição, e não necessariamente a qualidade ou originalidade de sua produção científica.
Há evidências, também, de que mesmo uma excelente reputação acadêmica pode não ser suficiente em face de um regime ditatorial.
O Journal conversou com Terry Crawford, CEO de uma empresa que seleciona estudantes chineses em nome de universidades americanas. Ele diz que muitos alunos citam os ‘limites de informação’ na China como um grande motivo para tentar estudar fora do país.