logo SearaCrescem as chances de uma janela para IPOs em julho, mas a verdade é que há poucas empresas prontas para (e dispostas a) vir ao mercado.

A queda da Presidente Dilma nas pesquisas e a visão menos pessimista dos investidores internacionais sobre o Brasil estão criando um ambiente que permite aos bancos de investimento sonhar.

Por enquanto, o único IPO óbvio é o da JBS Foods, um pacote de ativos cujo principal é a Seara, que a JBS comprou da Marfrig por R$ 5,85 bilhões em junho do ano passado. A operação levantaria cerca de R$ 3 bilhões e ajudaria a JBS, comandada pelos irmãos Wesley e Joesley Batista, a reduzir sua dívida. Nove bancos estão mandatados para esta transação.

Na Azul, os acionistas da companhia aérea não tem demonstrado muito interesse em vender sua participação agora: a empresa continua crescendo e os acionistas podem esperar o dia em que o mercado precifique o setor com mais boa vontade.

Na Invepar, os controladores OAS, Previ e Funcef também resolveram tirar o pé do acelerador e focar na operação enquanto o mercado não melhora. Um lançamento em outubro é hoje o cenário mais provável. A Invepar controla seis concessões de rodovias, o aeroporto de Guarulhos e o Metrô do Rio.

Mesmo com a escassez de nomes, julho parece ser um bom mês para reabrir o mercado.

“Olhando para frente, é difícil ver alguma coisa na política que trabalhe contra o mercado em julho”, diz um banqueiro envolvido nas operações. No calor da campanha eleitoral, “ou você vai ver o Aécio se fortalecendo, ou vamos ver a Dilma mandando sinais mais sensatos, mais pró-mercado”.