Peter Thiel, um dos maiores e mais influentes investidores do Vale do Silício, acaba de montar uma posição BitMine Immersion Technologies, uma ethereum treasury company (em outras palavras, uma empresa que acumula a moeda).
O investimento de Thiel é mais uma aposta de que o Ethereum, com sua aplicação em contratos inteligentes, estará no centro da transformação do sistema financeiro global.
Thiel – fundador de empresas revolucionárias como PayPal e Palantir – assumiu uma participação de 9,1% na BitMine, de acordo com registros na Securities and Exchange Commission (SEC).
Por meio de sua firma de venture capital, o Founders Fund, Thiel investiu aproximadamente US$ 23 milhões em um private placement de US$ 250 milhões anunciado em 9 de julho.
A BitMine vem acumulando Ether, a moeda da plataforma cripto Ethereum, em um movimento que lembra o da MicroStrategy com o Bitcoin.
A empresa divulgou que possui 163.000 Ethers em seu caixa – o equivalente a mais de US$ 500 milhões – e se tornou uma das maiores detentoras da moeda.
A tese, assim como a de outras empresas que vêm fazendo posições semelhantes, é de que os recursos de blockchain da Ethereum vão permitir escalar tecnologias de pagamento que vão redesenhar por completo as transações financeiras.
A BitMine Immersion Technologies foi fundada em 2019 anos e surgiu como uma empresa para fornecer soluções em blockchain e mineração de criptoativos. Desde que pivotou para a estratégia de acumular posições em Ether, suas ações dispararam.
Em 30 de junho, com sua ação negociando ao redor de US$ 4,30, a BitMine lançou o private placement de 55 milhões de ações a US$ 4,50/ação e anunciou um novo chairman: Tom Lee, um conhecido comentarista da CNBC, entusiasta de cripto e sócio da firma de research Fundstrat.
O papel subiu mais de 1.000% no dia do anúncio e bateu US$ 135 em 3 de julho. Nos dias seguintes, recuou para US$ 40.
Agora veio a público que Thiel entrou na oferta. Com a notícia, o papel sobe 14% no pregão de hoje, negociando ao redor de US$ 45 – mais de 10x o valor pago pelo investidor na oferta privada.