A ação da Vibra cai 3,7% no início da tarde – liderando as perdas no Ibovespa – com os investidores precificando a decisão da companhia de antecipar a compra da fatia restante da Comerc por R$ 3,525 bilhões.
O UBS disse que a aquisição teve um preço justo, mas a justificativa e o timing “não estão totalmente claros,” escreveram os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos.
O BTG Pactual seguiu pela mesma linha e disse que “os investidores podem atribuir uma menor probabilidade de dividendos que superem os 40% dos lucros.”
“A administração afirmou que a transação preserva sua política de pagamento de dividendos de 40%, mas em nossa visão, isso pode prejudicar o potencial de distribuição acima da política,” escreveram Pedro Soares, Henrique Pérez e Thiago Duarte.
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Após rebaixar o Nubank para ‘neutro’, o UBS BB seguiu pelo mesmo caminho com o Itaú.
Com o banco laranja sendo negociado a 2x book – um dos níveis mais altos dos últimos anos – o preço atual limita o potencial de re-rating.
O UBS BB prevê um total return de 21% para o Itaú até o final de 2025 e estima o pagamento de R$ 59,5 bilhões em dividendos nos próximos 18 meses, além de um múltiplo P/BV (‘price-to-book’) de 2x ao final do ano que vem.
“Acreditamos que a maior parte do retorno virá dos dividendos (yield de 16%), enquanto a valorização de capital provavelmente será insignificante,” escreveram os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Beatriz Shinye.
A ação do Itaú cai 1,7% no início da tarde – e sobe 33% nos últimos 12 meses. O banco vale R$ 333 bilhões.
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A ação da Santos Brasil perde 6% com a repercussão da notícia de que o governo trabalha para fazer o leilão do terminal de contêineres STS10 no Porto de Santos no ano que vem.
Segundo o BTG, esse “fantasma” ronda os investidores da Santos Brasil há muito tempo, pois “representa a ameaça mais crítica ao equilíbrio da oferta” em Santos.
“Embora continuemos a acreditar que o mercado reage de forma exagerada a esse tipo de notícia (mesmo que ocorra, um novo terminal representa apenas um acréscimo de capacidade de médio a longo prazo), reconhecemos que o ruído regulatório aumentou,” escreveram os analistas Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Marcelo Arazi do BTG.
A notícia não é tão nova, já que houve um relatório do Tribunal de Contas da União na semana passada dizendo que o governo deveria seguir com o leilão.
Mas no fim da tarde de ontem, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, confirmou que o tema está sendo debatido internamente no governo.
O Bradesco BBI seguiu na mesma linha do BTG: disse que a notícia é negativa mas que ainda há poucos detalhes sobre qual será o tamanho da operação.
“Se o projeto avançar, o aumento na capacidade de movimentação de contêineres do Porto de Santos seria de, no máximo, 30 a 40% – bem abaixo do crescimento de capacidade de mais de 100% que ocorreu há 10 anos,” escreveram Lucas Barbosa, Lucas Esteves e Gabriel Tinem.
A ação da Santos Brasil sobe 44% nos últimos doze meses. A empresa vale R$ 11,5 bilhões na B3.