Hapvida – O UBS BB manteve a recomendação de compra para a gigante verticalizada de saúde, pela primeira vez colocando na conta a fusão com a Intermédica. Com o papel a R$ 6 e negociando a múltiplos da época do IPO – 22x o lucro dos próximos 12 meses e um free cash flow yield de 6% – o UBS diz que o papel oferece “um ponto de entrada particularmente atraente para uma empresa cujas defesas contra a concorrência e potencial de crescimento permanecem intocados apesar da deterioração do sentimento de mercado.”
Mas o banco cortou o preço-alvo em 41%, de R$ 15,40 para R$ 9, alertando que o aumento nos custos médicos pressionará as margens no restante do ano. Além disso, os desafios de integração das últimas aquisições criam obstáculos para a aceleração de um crescimento orgânico.
BRF – Apesar de ter achado os resultados do primeiro trimestre da BRF decepcionantes e ter reiterado a recomendação neutra, o BTG revisou o preço-alvo da companhia de R$ 17 para R$ 20, um upside de 36%. A elevação não tem a ver com a dinâmica da empresa, e sim com o cenário mais positivo para o setor, com o aumento dos preços das aves e a safra de milho recorde esperada no Brasil, o que deve diminuir a pressão dos custos.
Localiza – Depois do closing da fusão com a Unidas na sexta-feira, o JP Morgan revisou seu preço-alvo para a Localiza de R$ 60 para R$ 65, mas manteve sua recomendação ‘neutra’. O banco enxerga desafios no curto prazo, como o aumento no custo das tarifas, o que pode desacelerar o crescimento da receita no segmento de locação de veículos. Com a indústria automotiva ainda pressionada pela falta de microprocessadores, as locadoras – que têm se beneficiado com a alta dos seminovos – agora vão enfrentar custos mais altos para renovar a frota. A ação da Localiza cai 2,5% por volta do meio-dia para R$ 51,36.
No setor, o JP prefere a Movida dado seu nível de desconto. Enquanto a Localiza negocia a 17x o lucro de 2023, a Movida sai a 4x.
Petróleo – Se houver uma recessão global severa, com destruição de empregos e quebras de empresas, o Citi enxerga que o preço do barril de petróleo Brent pode desabar para US$ 65 neste ano – e US$ 45 em 2023. Mas o banco alerta que esse seria um dos piores cenários possíveis: sem nenhuma intervenção da Opep+ para reduzir a produção e um fracasso do Fed em conseguir um soft landing.