Até tu, Maduro? Flag_of_Venezuela

Na Venezuela, o Governo acaba de propor medidas ‘ortodoxas’ na economia, o que está gerando um rali violento nos títulos venezuelanos no mercado internacional.

Entre outras medidas, o conselho econômico do País acaba de propor aumentar o preço da gasolina em 1.328% e começar uma flexibilização do câmbio.

As medidas ainda têm que ser aprovadas pelo Presidente Nicolás Maduro.

O conselho sugeriu aumentar o litro da gasolina de 7 centavos de bolívar para 1 bolívar a partir do início do ano que vem.

Uma cena do dia-a-dia ilustra bem como a gasolina é quase ‘de graça’ na Venezuela. Geralmente, os venezuelanos pagam para encher o tanque com uma nota de 5 ou 10 bolívares. Como o tanque cheio (50 litros) custa só 3,5 bolívares, os motoristas costumam deixar o troco como gorjeta para o frentista, que chega a ganhar 800 bolívares por dia só com este ‘troco’. O relato é do jornal argentino Infobae.

Quem perde dinheiro é a PDVSA, a Petrobras de lá. Cada litro de gasolina custa à PDVSA 2,7 bolívares. A empresa perde por ano 12,5 bilhões de dólares com o subsídio.

Com o aumento proposto hoje, o prejuízo da PDVSA diminui, mas o que os mercados estão comemorando mesmo é que o País está entrando, mui timidamente ainda, no rumo da racionalidade econômica.

Nada, obviamente, está sendo feito por convicção. A Venezuela foi colocada em córner pela queda do petróleo no mercado internacional. O barril despencou de cerca 120 dólares para 83, e bancos como a Goldman Sachs acham que a queda pode se estender até o nível de 60.