A Porto Seguro está preparada para a aprovação pelo Congresso da Lei do Seguro Popular, que permitirá que as seguradoras usem peças recicladas nos carros que sofreram sinistro.
Hoje, as oficinas que fazem reparos para as seguradoras não podem utilizar peças recicladas, apenas peças novas.
Há cerca de um ano, a Porto criou uma nova empresa, a Renova Ecopeças, para recolher e reciclar peças de veículos cujo destino final talvez fosse o ferro-velho.
A Ecopeças pega carros batidos que antes eram largados ao relento, contaminando o solo, e retira deles tudo que não pode ser aproveitado — líquido de arrefecimento, baterias, sobras de óleo, borrachas gastas — dando-lhes um descarte apropriado.
Já as peças aproveitáveis são recicladas, ganham um certificado de qualidade e procedência, e podem ser revendidas no comércio de peças usadas ou reaproveitadas nos veículos que sofreram sinistro assim que a lei federal for aprovada. Com esse aproveitamento, a Porto pretende oferecer seguros com preços até 30% mais baratos do que hoje.
Ao baratear o preço das apólices, a Lei do Seguro Popular deve aumentar o número de segurados.
No Brasil, hoje, apenas 15 milhões de veículos — cerca de 28% do total — tem algum tipo de cobertura.