A ”reindustrialização” dos Estados Unidos prometida por Donald Trump pode ser a maior fronteira de crescimento para a WEG – e seus transformadores – nos próximos anos, segundo o BTG.
A grande oportunidade está no crescimento da demanda por transmissão e distribuição de energia – que já está em ‘fast pace’ na visão dos analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.
Apesar de a geração de energia nos EUA ter crescido nos últimos anos, a geração per capita vem diminuindo, o que indica que o crescimento populacional está superando a oferta de energia.
Além disso, o avanço da inteligência artificial e seus supercomputadores e data centers cria uma demanda ainda maior por energia.
Logo, conclui o BTG, os investimentos são iminentes. E o que será necessário tanto nas fábricas quanto nas estações de energia?
Os transformadores da WEG.
Para quem não sabe, os transformadores são máquinas projetadas para manipular ou estabilizar os níveis de voltagem na rede elétrica. Ou seja, são peças fundamentais para a expansão da infraestrutura elétrica nos EUA.
Nas contas do BTG, o mercado de transformadores nos Estados Unidos deve ter um CAGR de 15% entre 2024 e 2030, alcançando US$ 22 bilhões.
Caso a WEG mantenha sua participação atual de 5% do mercado, seu faturamento com transformadores nos EUA passaria de US$ 490 milhões para US$ 1,1 bilhão.
Mas há uma vantagem da fabricante brasileira em relação às suas concorrentes na conquista de uma fatia de mercado maior: sua capacidade de produção.
Na última década, a WEG fez grandes investimentos para aumentar sua capacidade instalada e operacional em transformadores – tanto no Brasil quanto fora.
Em 2023, a WEG anunciou investimentos de R$ 2,5 bilhões em transformadores, o que deve dobrar sua capacidade no segmento até 2025.
“Em contraste, os concorrentes só começaram a instalar capacidade no final de 2023, o que significa que seus sistemas levarão vários anos para se tornarem totalmente operacionais,” escreveram os analistas.
Dado esse cenário, o BTG vê que o mercado de transformadores pode representar um aumento de 8% na receita da WEG até 2030 e um NPV de US$ 2 bilhões no market cap da companhia – cerca de 5% em relação ao valor de hoje.
A ação da WEG sobe 58% nos últimos 12 meses; a empresa vale R$ 222 bilhões na Bolsa.
