Jennifer Queen — que fez o PR do Softbank e de diversas startups durante o ciclo de abundância do venture capital brasileiro — decidiu ela mesma empreender.
A ex-executiva da FSB acaba de criar sua agência de relações públicas, a Pina, que abriu as portas com seis clientes: as startups CRM&Bonus, Beep, Lemon Cash e Zippi (uma fintech de microcrédito), e as gestoras Atlântico e Canary.
A Pina começa com cinco profissionais e um portfólio de quatro produtos.
Além do serviço tradicional de relações públicas, a Pina vai oferecer um serviço de produção de conteúdo, que vai do texto ao podcast, de workshops a treinamentos, e um produto que ela vai chamar de Spina, em pessoas de diferentes backgrounds e skills se reúnem para criar um produto novo para a empresa cliente, ou pensar numa nova campanha.
Até por seu histórico na FSB, onde passou seis anos liderando o núcleo de startups, Jennifer está focando sua nova agência nesse nicho do mercado — que está passando por uma correção dramática mas ainda tem tamanho e potencial relevantes.
Por conta desse foco, a Pina também criou alguns produtos específicos para o setor: ela vai ajudar as startups a criar seus pitch decks (as apresentações para investidores), e desenvolver uma estratégia de PR para cada aporte, “do pré-seed ao IPO,” em suas palavras.
A empreendedora disse ainda que está tentando colocar alguns componentes de tecnologia em sua agência.
A Pina está desenvolvendo um software que vai auxiliar na redação de textos, dando sugestões de como melhorar o conteúdo. “Estamos incorporando desde a parte de SEO, com todo o conjunto de regras que isso abrange, até alguns vícios de linguagem, como repetir adjetivos,” disse ela. “Vamos usar esse software para melhorar o texto que vai para o cliente e toda a construção da narrativa.”
Segundo Jennifer, o software é uma forma de conseguir escalar a produção de conteúdo sem perder a qualidade e o padrão dos textos. No futuro, a Pina poderá vender esse software para terceiros, criando uma outra linha de negócios.
Como o termo ‘relações públicas’ parece antiquado — e pouca gente entende o conceito fora do mundo do jornalismo — a Pina está tentando se posicionar de uma forma diferente, se autointitulando “um venture studio de histórias.”