As gestoras Navi, Távola e Kapitalo indicaram Marcelo Mesquita para concorrer a mais um mandato como conselheiro da Petrobras na eleição em separado dos acionistas detentores de PNs.

O próximo conselho será eleito na assembleia marcada para 13 de abril.

11334 d21e1067 e480 5761 6ebc dceae2b32de8Mesquita é um dos fundadores da Leblon Equities e está no conselho da petroleira desde 2016 por indicação dos minoritários.

Juca Abdalla, o dono do Banco Clássico, vai concorrer a uma das vagas dos acionistas detentores de ONs. Um grupo de acionistas também deve indicar o advogado Marcelo Gasparino e Pedro Medeiros, sócio da Atalaya Capital.

Para fazer as indicações, os acionistas precisam ter 0,5% das ações da empresa.

Felipe Campos, sócio-fundador da Navi, disse que Mesquita  tem o respeito dos acionistas por conta de seu trabalho no conselho e de todas as brigas que já comprou na empresa.

No ano passado, o conselheiro tomou a frente das críticas ao governo por conta da troca do CEO da Petrobras. Logo após a demissão de Roberto Castello Branco, Mesquita deu entrevistas na GloboNews e na CNN dizendo que o País só terá sossego quando privatizar “tudo que é estatal.”  O conselheiro atacou o fetiche do Estado com as “vacas sagradas” (Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras) e disse que o Presidente Bolsonaro teria que mostrar “se é comunista ou capitalista.”

Agora, quando a política de preços da estatal está de novo em risco, os minoritários precisam garantir representatividade no conselho.

“O arcabouço de governança que foi construído na Petrobras é muito bom”, disse Felipe, da Navi. “Já sofreu alguns ataques, mas está aí. Mas precisamos de alguém para defender essa continuidade. Da mesma forma que foi construído, o arcabouço pode ser destruído.”

O governo já indicou uma chapa de nove integrantes tendo Rodolfo Landim como chairman, um nome visto como controverso.

O conselho da Petrobras tem 11 assentos – 9 eleitos pelos ordinaristas, um representante dos funcionários e outro dos preferencialistas.

SAIBA MAIS

“Tem que privatizar tudo” — o desabafo de Marcelo Mesquita