Num pregão do mais puro pesadelo, as ações da Tempur Sealy International (TPX) caíram quase 30% após a companhia — a maior fabricante de colchões do mundo — anunciar que encerrou o contrato com a Mattress Firm, a maior rede varejista do setor nos Estados Unidos, que fazia 21% de suas vendas.
A implosão veio com um volume espetacular: 26 milhões de ações, contra uma média diária de 876 mil. Com o tombo, a ação voltou a níveis de três anos atrás.
As razões para o rompimento não ficaram claras. A Tempur disse apenas que a Mattress Firm queria rever ‘termos econômicos’ dos acordos de compra e que concluiu que ‘era do interesse do longo prazo dos acionistas’ encerrá-lo.
Uma espécie de Casas Bahia dos colchões nos Estados Unidos, a Mattres Firm tem 3.500 lojas em 49 Estados.
A tentativa frustrada de renegociação acontece meses após a Steinhoff, que esteve interessada na Via Varejo, ter comprado o controle da Mattress Firm pagando US$ 3,8 bilhões, numa operação concluída em setembro.
A queda deve ter custado dinheiro à Dynamo, que comprou uma posição relevante na Tempur Sealy ao longo de 2015, quando o fundo ativista H Partners fez mudanças na gestão para fazer o negócio decolar. No fim do ano passado, a empresa ainda estava entre as dez maiores posições da gestora no exterior.
Um fundo de ações da Verde — o Global Equities — já teve uma posição significativa, mas encerrou 2016 com menos de 1% do portfólio debaixo do colchão.