A Away – marca de malas que tem sua maior vitrine no Instagram – é a mais recente startup ‘direct-to-consumer’ a se unicornizar.
A empresa acaba de captar US$ 100 milhões em uma rodada de série D, que a avaliou em US$ 1,4 bilhão. A informação é do The Wall Street Journal.
A Away já vendeu mais de um milhão de malas com um produto premium que compete com grifes estabelecidas – e desintermediando o varejo tradicional. Faturou US$ 150 milhões ano passado.
Ela é a mais recente de uma lista de empresas que estão construindo marcas bilionárias no boca a boca das redes sociais, vendendo diretamente ao consumidor.
A Glossier – que vende produtos de higiene e beleza – foi avaliada em US$ 1,2 bilhão numa rodada recente liderada pelo Sequoia.
A Harry’s – de assinatura de aparelhos de barbear e cuidados pessoais masculinos – já captou quase US$ 500 milhões em diversas séries e foi vendida. O comprador foi a Edgewell Personal Care – dona das marcas de lâmina Schick and Wilkinson – que pagou US$ 1,37 bilhão, reproduzindo a compra da Dollar Shave Club pela Unilever há três anos.
O caso da Away também mostra que o modelo omnichannel está se provando hegemônico até para as companhias digitalmente nativas: além de operar pela internet, a Away já tem sete lojas físicas e vai usar os recursos da rodada para chegar a 50 nos próximos três anos.
Os planos vão além das malas. A Away quer ser uma marca de viagem e está ampliando a linha de produtos para incluir o que vai dentro delas: roupas confortáveis, produtos de cuidados para a pele do viajante e acessórios.
A Away foi fundada por Jen Rubio e Steph Korey, que trabalharam juntas na marca de óculos Warby Parker, outro unicórnio do modelo direct-to-consumer e avaliado em US$ 1,75 bilhão no ano passado. (Rubio foi head of social media, Korey era a head of supply chain.)
Populares entre os viajantes millennials, as malas da Away são leves e resistentes, com compartimentos que facilitam a arrumação e carregador de celular embutido.
A rodada da Away foi liderada pelo Wellington Management. O Lone Pine e o Global Founders Capital participaram, além da gestora escocesa Baillie Gifford.