Há cerca de 10 dias, com o Grupo Soma disposto a ir adiante com a proposta de fusão com a Hering, havia ainda a questão do funding.  

Com o Itaú e o BTG (dois dos bancos mais ativos em financiar aquisições) impedidos de financiar o Soma por assessorarem a Arezzo&Co, o conselheiro do Soma Edison Ticle — um dos cinco independentes do board — procurou o vp do corporate bank do Santander, Mario Leão, no final de semana (os dois têm casa no mesmo condomínio). 

Em 24 horas, o Santander aprovou o negócio com a Espanha e deu uma garantia firme de até R$ 2 bilhões para uma debênture de cinco anos que será emitida pelo Soma, financiando assim a parte ‘cash’ da oferta.