A Votorantim S.A. comprou 5,11% da Hypera, uma posição financeira que dá à holding dos Ermírio de Moraes sua primeira exposição ao setor de saúde.
O investimento é parte das posições líquidas da Votorantim, que por sua vez representam pouco de seu portfólio total. (A empresa não abre os números.)
Como parte de suas posições líquidas, a Votorantim também tem posição em Suzano.
No passado, a Votorantim também comprou 5,8% da CCR na Bolsa, mas um ano depois veio a oportunidade de se aliar à Itaúsa e comprar a posição da Andrade Gutierrez na empresa, o que converteu a posição em um investimento ilíquido.
A Votorantim “já vinha dizendo que saúde se encaixa no portfólio, e esta é uma empresa de referência do setor, uma empresa grande e líquida,” uma fonte próxima à Votorantim disse ao Brazil Journal.
A compra vem num momento em que a ação da Hypera tem sentido o overhang das discussões sobre a reforma tributária. A principal discussão hoje é o fim do JCP, dado que a Hypera é uma das empresas que mais se beneficiam da dedutibilidade deste instrumento no imposto de renda e na CSLL.
A Hypera vale R$ 23,7 bilhões na Bolsa. A companhia de João Alves de Queiroz Filho, o “Júnior”, negocia a 13x o lucro estimado para este ano e 10,6x o de 2024.