O Nubank acaba de captar uma dívida de US$ 150 milhões para sua operação na Colômbia, que hoje tem 800 mil clientes e onde o banco digital já abriu a lista de espera para a sua Cuenta Nu.
A captação foi feita com o International Development Finance Corporation (DFC) – parece, mas não é o IFC do Banco Mundial – uma agência de fomento do Governo americano que investe em operações de estímulo sócio-econômico em países emergentes.
A Colômbia hoje é o terceiro mercado do Nubank, depois do Brasil – onde o banco digital tem 89 milhões de clientes – e do México, onde tem 4,5 milhões de usuários.
Na Colômbia, o Nubank fechou o ano passado com 800 mil clientes espalhados por 92% das cidades do país e 100% dos estados. Em janeiro, o banco abriu sua lista de espera para a Cuenta Nu.
O CFO Guilherme Lago disse ao Brazil Journal que a expectativa é lançar a Cuenta Nu na Colômbia ainda no segundo trimestre, o que deve gerar “um aumento grande do brand awareness e do product consideration” e também “um aumento no número de clientes.”
“Com a conta, vamos poder falar ‘sim’ para 100% de quem aplicar, o que não podíamos fazer com o cartão de crédito,” disse ele. “Na sequência, esperamos que isso também gere um aumento na carteira de crédito.”
O Nubank está seguindo na Colômbia o mesmo playbook que aplicou no México, onde lançou a Cuenta Nu em maio de 2023, o que gerou uma forte aceleração na base de clientes.
Os dois países são igualmente importantes para o Nubank do ponto de vista estratégico, mas Lago disse que, do ponto de vista financeiro, o México é mais relevante dado seu mercado muito maior. (Para se ter uma ideia, na semana passada o México ultrapassou o PIB do Brasil).
Segundo ele, o Nubank não pensa em abrir uma quarta geografia este ano, e a ideia é focar 100% na expansão no México e Colômbia, ampliando sua base de clientes e portfólio de produtos.
No ano passado, o Nubank já havia obtido um empréstimo de US$ 265 milhões com o IFC, também para sua operação na Colômbia.
O banco investiu US$ 330 milhões no país desde 2021 e pretende investir mais US$ 170 milhões nos próximos dois anos.