Num rodízio entre firmas de private equity, a Fogo de Chão acaba de ser vendida pela Rhône Capital para a Bain Capital.

O negócio estava nas mãos da Rhône Capital desde 2018, e por muito tempo o mercado especulou que a saída da gestora seria por meio de um novo IPO.

O valor da transação não foi revelado, mas a Reuters disse que a empresa – que nasceu como uma churrascaria em Porto Alegre, em 1979 – foi avaliada em US$ 1,1 bilhão, incluindo dívidas.

Há cinco anos, a Rhône pagou US$ 560 milhões para tirar a Fogo de Chão da Bolsa. Nesses cinco anos, o fundo teria multiplicado seu investimento por 3, segundo a Reuters.

Com a reabertura pós-pandemia, o faturamento da rede cresceu 15% ao ano. A Rhône estudava fazer um IPO, mas o fechamento do mercado a levou a procurar interessados em assumir o negócio.

A Fogo de Chão hoje tem hoje 75 restaurantes espalhados por todo o mundo, a maior deles nos EUA – 58 unidades.

A transação deve ser concluída no próximo mês, e, segundo a Bain, o management da empresa será mantido.

O financiamento da transação será liderado pelo Deutsche Bank, que deu assessoria financeira à Bain no negócio.

A rede foi fundada pelos irmãos Arri e Jair Coser, que começaram a expansão para outros países; a primeira loja nos EUA abriu em 1997, no Texas.

Em 2006, os fundadores receberam um aporte da GP Investimentos em troca de 35% do capital. Cinco anos depois a gestora assumiu a totalidade do negócio, que já tinha o nome de FC Holdings.

Em 2012, a GP vendeu a rede por US$ 400 milhões para o private Thomas H Lee Partners, que três anos depois fez o IPO da empresa na Nasdaq. Em 2018, no entanto, outro private equity (a Rhône) se encantou pelo negócio e fechou o capital.

Nenhum gestor resiste a essa picanha.