A polêmica participação do empresário Carlos Wizard na CPI da Covid fez a rede de escolas de idiomas Wizard by Pearson ir às redes sociais se posicionar.
“Você sabia que além de Carlos ‘Wizard’ Martins não ser dono da Wizard by Pearson, ele é nosso concorrente?”, publicou a marca em seu Instagram.
O empresário vendeu a franquia de idiomas à multinacional britânica Pearson em 2014. Três anos depois, virou sócio de outra rede de escolas de inglês, a Wise Up.
Num País profundamente polarizado, a preocupação da Wizard em distanciar sua marca do próprio homem que a criou sublinha um risco cada vez mais frequente: empresários cujos nomes ou imagem são indissociáveis do negócio infligem à PJ as preferências políticas que nutrem na PF.
Episódios recentes envolveram Luciano Hang, das Lojas Havan, e Junior Durski, do Madero, entre outros.
Além de participar da WiseUp, a familia Wizard tem quase 10% da International Meal Company (IMC), para a qual contribuiu as masterfranquias de Pizza Hut e KFC. O Grupo Sforza, também do empresário, é dono da marca Topper e da Ronaldo Academy.
Nas redes, a Wizard reforçou que seu posicionamento “é muito diferente de Carlos Martins”, e disse ser “a favor da vida, da saúde e da ciência”.
A empresa também levou o assunto para o Google.
Hoje, ao pesquisar “Carlos Wizard”, o internauta encontrava um anúncio patrocinado no topo da página, que dizia: “Wizard não é de Carlos Wizard — Wizard, uma marca Pearson”.
A concorrente CCAA também entrou na dança e fez uma provocação — após Wizard ter se negado a responder às perguntas dos parlamentares.
“Aqui no CCAA ninguém sai de sala sem falar uma palavra. Você é estimulado a falar inglês ou espanhol desde o primeiro dia de aula.”