Como já narrou meu colega Ricardo Setti, o ex-desembargador Armando Sérgio Prado de Toledo ficou conhecido nacionalmente por uma sequência intrigante de eventos: pediu vistas de um processo contra um deputado, ‘sentou’ sobre o assunto por três anos (até que o crime prescrevesse) e, investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pediu aposentadoria.

Agora, Toledo está causando constrangimento no alto escalão da Petrobras, onde ressurgiu no início do ano como assessor do presidente, Aldemir Bendine.

De acordo com funcionários da empresa, Toledo tem requisitado ‘agressivamente’ todos os documentos e pautas dos comitês que assessoram o conselho de administração, informações de natureza confidencial e circulação restrita aos membros dos comitês, que são conselheiros da empresa.

As palavras usadas na Petrobras para descrever o estilo de Toledo são ‘rolo compressor’. O verbo: ‘atropelando.’

Conselheiros já foram alertados sobre o assunto, e Bendine, avisado.