No início da semana, a CVC anunciou que teve o melhor mês de outubro de sua história, com faturamento acima de R$500 milhões — um anúncio visto também como uma preparação para a oferta de hoje.
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Na CVC, o desembarque final do Carlyle
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O Carlyle está vendendo o restante de sua participação acionária na CVC numa oferta agora na BM&F Bovespa.
O bloco de 20 milhões de ações está sendo oferecido a R$ 23 via Merrill Lynch, e equivale a cerca de 30 dias de negociação no papel. Quatro fundos brasileiros colocaram ordens equivalentes a 30% do lote em oferta.
Brokers representando o Carlyle estavam sondando o mercado nos últimos dias para medir o apetite pela oferta, mas gestores acreditavam que o Carlyle esperaria o papel se aproximar dos R$30 para fazer a oferta.
A CVC — que atravessou a crise do impeachment e a recessão praticamente incólume — negocia hoje a cerca de 12,5 vezes o lucro estimado para 2017.
A oferta de hoje remove o ‘overhang’ do papel — o temor de alguns gestores de comprar a ação pela possibilidade de uma oferta — e consolida a CVC como uma empresa de capital pulverizado, aumentando o poder do CEO Luiz Eduardo Falco.
A saída do Carlyle vem três meses depois de outro ‘block trade’ no qual o fundo americano e o fundador da CVC, Guilherme Paulus, venderam 44,7% do capital da companhia — uma oferta com demanda forte.
Aquela oferta — em que o bloco saiu a R$ 20,50/ação — reduziu a participação combinada dos dois investidores de 69% para 24,34% da empresa.