Que não pisem nas flores a caminho da passeata,
Nem irriguem a semente do ódio no jardim da indignação justa.
Que o que nos separa hoje possa ser superado amanhã.
Que os culpados paguem, e os inocentes sejam exonerados sem prejuízo.
Que, enquanto um fala, o outro escute.
Que quem escutou saiba ouvir, e quem for falar reflita antes de fazê-lo.
Que os que lideram saibam bem aonde estão indo,
e os liderados não sejam cegos tampouco.
Que o sangue não macule a bandeira,
justo quando ela tremula com novos ventos.
Que o ‘coxinha’ e o ‘petralha’ se reconheçam, antes, brasileiros, vizinhos, passageiros da mesma nau.
E que a deterioração do nosso discurso político ao longo dos últimos anos não nos devolva, finalmente, à barbárie.
Que o facebook não dê o tom.
E que a Justiça amanheça, enfim,
Para todos.
