O Citi iniciou a cobertura da Mills com um buy e preço-alvo de R$ 18, um upside de 46% sobre o preço de tela.
A visão positiva da analista Renata Cabral se baseia em três pilares.
O primeiro é o elevado potencial de crescimento de longo prazo no mercado core da Mills, as plataformas elevatórias (MEWP), o equipamento que dá segurança para trabalhos em altura.
A Mills é a líder nesse segmento com um share de 30% e tem feito esforços para aumentar essa participação via expansão geográfica e eficiência de gestão.
O Citi espera um crescimento considerável no mercado de MEWPs no Brasil à medida que as construtoras se profissionalizam e os padrões de segurança do trabalho aumentam.
O segundo pilar é uma nova avenida de crescimento para a empresa, que no ano passado ingressou no segmento de aluguel de máquinas da chamada linha amarela – utilizados para construção, terraplanagem e mineração – com a aquisição da Triengel.
Na visão do Citi, o mercado endereçável desse serviço no Brasil é 10x maior que o das plataformas elevatórias. As margens são parecidas, mas os contratos são de longo prazo (de 4 a 6 anos), o que deve aumentar a previsibilidade do resultado da Mills. Os contratos de plataformas elevatórias tipicamente são de 8 a 12 meses.
O Citi também gosta do valuation do papel nos níveis atuais: a Mills negocia hoje a 10,3x o lucro estimado para 2024, enquanto peers locais como Armac negociam acima de 15x.
A ação da Mills sobe 3,5% no final da manhã para R$ 12,74, depois do call do Citi e em meio a um mercado mais forte. A companhia agora vale R$ 3,14 bilhões na Bolsa.