O setor de veículos pesados está tendo um 2023 “ok”, com um crescimento de um dígito, mas a coisa vai melhorar mesmo no ano que vem, quando uma série de boas notícias deve trazer alívio para o setor como um todo.
Essa é a visão do Itaú BBA, que recomenda a compra de Mills e Armac.
A queda dos juros e a provável retomada do PAC deve trazer uma demanda forte para o setor. E como a locação já representa 26% das compras da indústria, ela vai a reboque.
Isso vai ajudar principalmente a Mills e a Armac, que têm upsides potenciais de 67% e 40%, respectivamente, na visão do time de analistas liderados por Daniel Gasparete.
Apesar de ter ‘buy’ nas duas empresas, o Itaú vê maior potencial de ganho na Mills, tanto pelo valuation mais atrativo – um P/L de 9x para 2024, contra 15x da Armac – quanto pelo momento da companhia.
Enquanto a Armac está voltada para uma estratégia de recuperação, a Mills tem focado mais no crescimento, diz o Itaú BBA.
O mix de clientes da Mills também está mais exposto aos negócios cíclicos. Segundo o banco, 80% dos setores atendidos pela Mills devem ser mais beneficiados pela queda dos juros, em comparação a 38% da Armac.
Além disso, a Mills tem mais espaço para surpreender por ter entrado na locação de linha amarela (máquinas pesadas como retroescavadeiras e tratores) somente em setembro do ano passado. Atualmente, o aluguel nesse segmento representa de 10% a 15% da receita da Mills.
A companhia também deve acelerar seus M&As, já que tem uma alavancagem de apenas 1x, enquanto a Armac já está em 2,5x. Não à toa, a Armac deve diminuir pela metade o seu capex neste ano.
A Mills acumula alta de 73% nos últimos 12 meses e vale R$ 2,9 bilhões na B3.
A Armac sobe 22% e tem um market cap de R$ 4,7 bilhões.