A subsidiária americana da L’Occitane en Provence, a gigante francesa de produtos de beleza, acaba de entrar em recuperação judicial — a mais nova vítima desta pandemia intragável.
A operação americana — dona de 166 lojas em 36 estados — acumula dívidas de mais de US$ 160 milhões, das quais US$ 15 milhões são aluguéis atrasados.
O pedido de RJ busca eliminar suas obrigações de arrendamento em meio a uma queda vertiginosa nas vendas.
A empresa quer se livrar de 23 contratos de locação “onerosos” para fechar suas lojas nesses locais sem ter que arcar com as multas contratuais. No pedido de RJ, a L’Occitane diz que suas obrigações de aluguel nestes imóveis “não refletem mais a realidade do mercado.”
A companhia disse que já estava enfrentando uma queda nas vendas de suas lojas mesmo antes da pandemia, com o consumidor migrando para as lojas online.
Mas, com a crise, viu que no fundo do poço tinha um alçapão.
De abril a dezembro do ano passado, a receita da L’Occitane USA caiu 56% em comparação com o ano anterior.
Fundada em 1976 pelo empresário francês Olivier Baussan, que produzia óleo e sabão de alecrim e lavanda para vender nas feiras abertas de Provence, a L’Occitane é hoje uma gigante global com lojas em mais de 90 países.
A recuperação judicial se restringe apenas à subsidiária americana. A ação da matriz global, listada em Hong Kong e na França, subiu quase 20% hoje como resultado da RJ.
A empresa se junta a uma lista cada vez mais extensa de empresas de consumo que entraram em concordata na pandemia. A lista inclui nomes como JC Penney, Hertz, Cirque du Soleil, Brooks Brothers e J.Crew.
E ainda não terminou…