A Localiza anunciou o fim de sua parceria com a Hertz, que envolvia acordos de cooperação de marcas e encaminhamento de clientes.
O divórcio é mais rico em simbologia do que em impactos materiais.
O acordos haviam sido celebrados no final de 2016, quando a Localiza comprou as operações da Hertz no Brasil por R$ 337 milhões, e previam que a Localiza poderia usar a marca americana por 20 anos renováveis por mais 20.
Os acordos estavam fundamentandos na crença de que o fluxo de turismo internacional para o Brasil aumentaria, e a Localiza se beneficiaria ao poder usar a marca de aluguel de carros mais conhecida do mundo.
De lá para cá, no entanto, o Brasil não fez nada para atrair turistas, e a Hertz se enterrou num buraco cada vez maior, culminando com seu pedido de recuperação judicial em 22 de maio (a covid foi apenas a pá de cal).
O acordo de ‘co-branding’ incluía a utilização da marca combinada ‘Localiza Hertz’ no Brasil e a utilização, pela Hertz, da marca ‘Localiza’ nos principais aeroportos dos Estados Unidos e Europa, considerados destinos de entrada de clientes brasileiros. Um outro acordo — o ‘referral agreement’ — estabelecia as regras de intercâmbio de reservas entre a Localiza e a Hertz.
A Localiza disse que haverá um plano de transição de pelo menos seis meses. A implementação da rescisão está sujeita à aprovação do juiz responsável pela RJ da Hertz.
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