O JP Morgan elevou sua recomendação para a Porto de ‘neutro’ para ‘compra’ depois de um encontro com o CEO de seguros da companhia, Rivaldo Leite.
O analista Guilherme Grespan disse que saiu da conversa “mais otimista” e com uma visão mais clara sobre os ventos favoráveis à empresa no curto e longo prazo.
O banco elevou seu preço-alvo para a ação de R$ 33 para R$ 39, um upside potencial de 33% em relação ao preço de tela. O JP Morgan estima um dividend yield de 6% este ano, elevando o retorno total para perto de 40%.
O papel opera em alta de 4% por volta das 12h30, cotado a R$ 30,37.
O JP Morgan disse que o ambiente competitivo parece estar mais comportado nos primeiros meses do ano, com os preços do seguro auto subindo 2% em janeiro..
“As taxas de juros mais baixas estão trazendo racionalidade aos preços, e as altas nos preços devem levar a um crescimento dos prêmios emitidos,” diz o analista. “Os players do setor estão focando em rentabilidade e estão menos agressivos na precificação.”
O JP Morgan também notou que a fusão da Liberty com a HDI adiciona um risco de competição para a tese, mas “as distrações da integração podem representar um upside risk para o Sul do Brasil,” onde esses players têm um market share de 32% em comparação aos 17% da Porto.
Por fim, o banco disse que mesmo assumindo que a sinistralidade do seguro auto normalize para taxas de 60%, em comparação aos 56% de hoje, ele ainda vê um ROE ajustado de 21% para a companhia. No último tri, o ROE da Porto foi de 24%.
“O crescente aumento de iniciativas pouco intensivas em capital — como o consórcio de carros e serviços — também adiciona um upside risk para o ROE.”
O JP Morgan elevou a estimativa para o lucro da Porto em 11% este ano, para R$ 2,4 bilhões, e em 18% no ano que vem, para R$ 2,6 bi. Agora, as estimativas do banco estão 7% e 11% acima do consenso, respectivamente.
O papel negocia a 1,4x book e a 7,8x o lucro estimado para este ano.