A JHSF comprou mais 6,1 milhões de metros quadrados para lançar um quarto empreendimento dentro do Complexo Boa Vista, seu maior sucesso comercial.

O Complexo Boa Vista começou em 2008 com o lançamento da Fazenda Boa Vista. 

10593 b1e69460 bc09 1635 fe8c 9af40e8751bbDe lá para cá, a JHSF lançou mais dois empreendimentos — o Boa Vista Village e o Boa Vista Estates — e o metro quadrado da região disparou. Hoje, alguns terrenos já são vendidos por mais de R$ 4 mil/metro no mercado secundário. 

A JHSF pagou R$ 140 milhões pelo novo landbank, que fica numa área contígua ao Estates, o empreendimento da empresa cujo pré-lançamento aconteceu no mês passado.

Para efeito de comparação, o Estates tem uma área de 6,6 milhões de metros quadrados e um valor geral de vendas (VGV) estimado em R$ 5,5 bilhões. O VGV do novo empreendimento ainda não foi divulgado, mas dado o tamanho semelhante dos terrenos, ele deve ficar na ordem de R$ 5 bi. 

Apesar de atender o mesmo público de alta renda, os empreendimentos do Complexo Boa Vista têm perfis distintos. 

Enquanto a Fazenda foca em casas de campo de luxo, o Village é um empreendimento de apartamentos que mira um comprador mais jovem e júnior na carreira. Já o Estates — o produto mais premium do Complexo — é uma mescla de estâncias, lotes e residências.

O CEO Thiago Alonso disse ao Brazil Journal que o quarto empreendimento ainda não tem nome definido, tampouco a data do lançamento. 

Mas entre a compra do terreno e o lançamento do empreendimento, as incorporadoras costumam levar em torno de três anos. (No caso do Estates, a JHSF conseguiu cortar esse prazo substancialmente, lançando em menos de um ano.)

“O que estamos vendo de espaço é lançar um empreendimento com a mesma composição de terrenos da Fazenda, mas — considerando que já temos o Estates — esse próximo empreendimento não deve ter as estâncias,” disse o CEO. 

O anúncio vem num momento em que a atividade de incorporação da JHSF, que hoje responde por mais de 70% da receita da empresa, está voando, ajudada no ano passado pela “fuga para o campo”, e, este ano, pela retomada da economia. 

A JHSF disse hoje que as vendas de incorporação do segundo trimestre subiram 63% depois de já terem mais que triplicado no primeiro tri. 

Essa alta tem mais que compensado a retração dos shoppings e dos hotéis da JHSF (que ainda sofrem com a pandemia) no faturamento da companhia.