O Bank of America elevou seu preço-alvo para a ação da JBS de R$ 55 para R$ 70.
O novo target é o dobro da cotação atual na Bolsa.
Incluindo o aumento de hoje, os analistas Isabella Simonato, Guilherme Palhares e Fernando Oliveira já elevaram o preço-alvo da JBS em 75% desde o início do ano, e a estimativa para o EBITDA 2022, em 49%.
Nas contas do BofA, a JBS negocia hoje a 3,6x o EBITDA de 2022, enquanto os pares nos EUA negociam na faixa de 6-7,5x.
Os analistas revisaram suas projeções para incorporar as aquisições recentes da JBS e o resultado do terceiro trimestre.
A estimativa para o EBITDA de 2022 aumentou em 30% para R$ 36 bilhões, por conta do forte momentum operacional e da melhora nas margens, principalmente nos Estados Unidos.
A operação de carne bovina nos EUA vem sendo um dos principais impulsionadores do lucro da JBS, e os analistas do BofA aumentaram em 14% a estimativa de receita para essa divisão.
O banco também aposta que a eventual listagem da empresa nos Estados Unidos vai levar a um repricing das ações. O assunto voltou a ser mencionado pela administração da JBS como uma prioridade para 2022.
Apesar de ter CEP brasileiro, a JBS faz 80% de sua receita em mercados de moeda forte: EUA, Europa e Austrália.
No início da tarde, a ação da JBS estava de lado, a R$ 34,70.
O BNDES tem 24% do capital da JBS, e o mercado espera algum movimento do banco para reduzir ou zerar sua posição. Mas com a volatilidade nos níveis atuais, pelo modus operandi do banco é improvável que algo aconteça até a poeira baixar.