A JBS reportou o melhor resultado trimestral da história da empresa e disse que vai pagar R$ 2,5 bilhões em dividendos, um yield de 3,5% sobre o valor de mercado da companhia.
 
Para efeito de comparação, o dividendo mínimo que a empresa teria que pagar — 25% do lucro — seria de R$ 1,15 bilhão.
 
Mas o acionista também está vendo o dinheiro voltar de outra forma. Entre janeiro e meados de março, a companhia gastou outros R$ 2,6 bilhões recomprando sua ação.
 
Somando tudo, a JBS está retornando aos acionistas 7,2% de seu valor de mercado, hoje em R$ 71 bilhões — tudo isso enquanto continua desalavancando seu balanço.
 
A companhia controlada pela família Batista teve lucro líquido de R$ 4 bilhões no quarto tri, 65% mais que no mesmo período de 2019. 
 
Nos nove meses anteriores, a JBS havia lucrado R$ 600 milhões — depois de um prejuízo com a variação cambial no primeiro tri de 2020.
 
O EBITDA foi de R$ 7 bilhões no trimestre e R$ 29,6 bilhões no ano, outro recorde. 

A alavancagem continuou em queda e a dívida líquida agora é apenas 1,56x o EBITDA (em dólares, 1,58x), o menor patamar da história da JBS. 
 
Apesar de todo esse momento operacional, a JBS continua negociando com um desconto substancial em relação à Tyson Foods — menos de 4x EV/EBITDA para a companhia brasileira, contra uma faixa entre 7x e 8x para a americana.