A JBS vai doar R$ 700 milhões para o enfrentamento da pandemia — R$ 400 milhões para ações no Brasil e o saldo nos EUA, onde a empresa tem sua maior operação.

É a maior doação de uma companhia não-financeira desde o início da crise.

As doações no Brasil envolvem três frentes de atuação: saúde pública, ações sociais e o apoio à ciência.  As iniciativas impactarão 162 municípios de 17 estados, atingindo cidades em que moram quase 60 milhões de pessoas.

A doação será dividida assim:

– R$ 330 milhões para a construção de hospitais, ampliação de leitos, compra de testes, medicamentos, equipamentos médicos e insumos de higiene, além de doação de alimentos;

– R$ 50 milhões para entidades de pesquisa e tecnologia do País com foco na área da saúde;

– R$ 20 milhões para 50 organizações sociais sem fins lucrativos que atendem comunidades vulneráveis no país.

Todas as iniciativas serão coordenadas por Joanita Karoleski, a ex-CEO da Seara, e auditadas pela Grant Thornton, que abriu mão de seus honorários.

“O Brasil tem situações e necessidades muito específicas em suas diferentes regiões e faremos a destinação dos recursos de acordo com as demandas dos estados e municípios,” Joanita disse num comunicado.

Para validação dos projetos e recursos, a JBS criou três comitês:

O Comitê Consultivo, que terá foco na compra e distribuição das doações, será liderado por Fernando Andreatta Torelly, o CEO do Hcor e um veterano com mais de 30 anos em hospitais públicos e privados, incluindo o Hospital Moinhos de Vento e o Sírio-Libanês. Outros membros incluem: Henrique Neves, diretor-geral do Einstein; Maurício Barbosa, fundador e chairman da Bionexo; Mohamed Parrini, CEO do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre; e o médico Roberto Kalil Filho.

O Comitê Social, que vai selecionar os projetos sociais de 50 organizações sociais sem fins lucrativos, terá Carla Duprat, diretora executiva do Instituto InterCement; Carola Matarazzo, diretora executiva do Movimento Bem Maior; e Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (Cufa).

Por fim, o Comitê de Ciência e Tecnologia, que vai definir e fiscalizar as doações para institutos de ciência e pesquisa, terá José Medina Pestana, professor titular da Escola Paulista de Medicina e diretor do Hospital do Rim; Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas; e Sidney Klajner, presidente do Einstein.

Só no Brasil, a JBS tem 127 mil colaboradores diretos, 35 mil fornecedores de gado e 400 mil parceiros comerciais. O Brasil responde por 13% da receita consolidada da empresa.  Nos EUA, que representam 51% da receita, a JBS USA emprega 60 mil pessoas.

 
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