A Hinge Health – uma plataforma de fisioterapia, tratamentos físicos e exercícios para recuperações pós-cirúrgicas – estreou hoje na Bolsa de Nova York, com uma valorização de 18% no primeiro dia de negociação.
“Nossa tecnologia está automatizando de fato a entrega do tratamento, por isso tivemos muitos investidores interessados,” Daniel Perez, o CEO da Hinge, disse à CNBC.
A ação foi precificada a US$ 32, no topo da faixa, e fechou a US$ 37,80.
O atendimento remoto é feito por meio de um aplicativo e eventualmente com a ajuda de equipamentos de ginástica e aparelhos wearables. Um software de inteligência artificial analisa os movimentos, fornecendo orientações, diagnósticos e recomendações em tempo real.
Muitas das terapias são destinadas ao combate de inflamações e dores crônicas, como as causadas pelo esforço repetitivo no trabalho ao computador. Outros pacientes sofreram acidentes ou passaram por cirurgias e buscam a reabilitação de movimentos.
Baseada em São Francisco, a startup de telehealth atraiu financiadores como Atomico, Tiger Global Management e Insight Partners, levantando US$ 1 bilhão em rodadas ao longo dos anos.
Mas no IPO, a companhia saiu com um valor de mercado de US$ 2,6 bilhões – menos da metade do valuation de US$ 6,2 bilhões da rodada ocorrida em outubro de 2021.
A companhia surgiu em 2014 a partir das dores – no sentido literal da palavra – de seus fundadores.
Daniel Perez, o CEO, foi atropelado por um carro e quebrou um braço e uma perna. Gabriel Mecklenburg, o chair, rompeu o ligamento do joelho numa luta de judô.
Incluindo os clientes corporativos, mais de 20 milhões de pessoas possuem acesso aos serviços e à plataforma da Hinge.
A oferta de ações foi coordenada por Morgan Stanley, Barclays e Bank of America.
O setor de saúde, considerado defensivo em tempos de crise, respondeu por 23% dos IPOs no primeiro trimestre de 2025.