O Hermes Pardini acaba de fazer a maior aquisição de sua história, comprando a rede de laboratórios Paulo Azevedo — uma referência na região Norte — por R$ 127 milhões.
A aquisição marca a retomada da estratégia de M&As do Pardini, cuja última transação foi feita em 2019.
O CEO Roberto Santoro disse ao Brazil Journal que a empresa deve anunciar outras aquisições ainda no curto prazo com foco em empresas de “alta especialização” e redes de laboratórios com marcas fortes e consolidadas.
Fundado há mais de 80 anos em Belém, o Paulo Azevedo tem 22 laboratórios e faturou R$ 82 milhões no ano passado com 4,5 milhões de exames processados.
A rede é especializada em análises clínicas, mas também tem uma vertical de anatomia patológica (os exames feitos a partir de um fragmento do tecido do paciente) e de onco-hematologia.
A aquisição vai reforçar a vertical de PSC — o segmento B2C do Hermes Pardini, que responde por 43% da receita — e marca a estreia da empresa no Norte com uma rede própria. (O Pardini já atende a região com seu negócio de ‘lab-to-lab’, em que processa exames para laboratórios menores).
Roberto diz que vê potencial de aumentar a receita do Paulo Azevedo usando a infraestrutura da rede na região para atender clientes do ‘lab-to-lab’ em exames mais básicos e que precisam ser processados de forma rápida.
“Indo com o B2C também nos ajuda a ficar mais próximos dos clientes do ‘lab-to-lab’,” disse ele.
A aquisição também reforça a estratégia hospitalar do Pardini — que a empresa chama de B2B. Neste modelo, o Pardini monta unidades de processamento de exames dentro dos hospitais. A compra do Paulo Azevedo vai adicionar mais quatro hospitais a essa vertical, que tinha apenas duas parcerias até agora.
Desde seu IPO, o Pardini já fez outras 12 aquisições, desembolsando cerca de R$ 500 milhões no total.
A companhia faturou R$ 1,6 bilhão ano passado e vale R$ 2,8 bi na Bolsa.