A indústria da música passa por um ‘ponto de virada’ quando o assunto é monetização. 

A visão é da Goldman Sachs, que acaba de elevar sua expectativa de crescimento para o faturamento do setor nos próximos anos. 

O time de research do banco americano destacou três pontos relevantes que marcaram o último ano: o primeiro reajuste significativo das plataformas de streaming; a modernização da antiquada estrutura de pagamento de royalties; e o início do uso de ferramentas de inteligência artificial generativa (GenAI, na abreviação em inglês). 

Segundo a Goldman, os progressos nessas três frentes continuarão a ser sentidos nos próximos anos. 

Os analistas esperam uma segunda rodada de reajustes e o lançamento de planos ‘super premium’ voltados para cativar os maiores fãs de alguns artistas. 

As plataformas também deverão investir em maneiras de monetizar o uso de música pelos modelos de GenAI. 

O banco elevou ligeiramente para cima a estimativa de crescimento do setor e agora espera uma alta anual média (CAGR) de 7,6% entre 2024 e 2030.  

Além dos ganhos com a monetização dos assinantes, a Goldman vê boas chances de um aumento da taxa de conversão dos usuários que hoje estão nos planos gratuitos. 

Para o banco, os mercados emergentes representam uma boa oportunidade nessa frente, já que contribuíram com 60% dos novos assinantes no ano passado. Até 2030, a estimativa da Goldman é que esse percentual chegue a 70%. 

“De maneira geral, vemos a dinâmica futura e a evolução na monetização como favoráveis para a nossa cobertura da indústria global da música,” afirmaram os analistas. 

A Goldman tem recomendação de ‘compra’ para a grande maioria das ações de sua cobertura, incluindo Universal Music, Sony, Warner e Live Nation, além das chinesas NetEase e Tencent e das coreanas Hybe, SM e JYP.  

Apenas dois papéis estão com recomendação ‘neutra,’ Spotify e Sirius XM.