O Fleury acaba de comprar a Lafe, uma rede de laboratórios de análises clínicas com 32 unidades de atendimento na região metropolitana do Rio de Janeiro. 

 
O valor de aquisição é de R$ 170 milhões antes de deduções e ajustes por eventuais contingências.  
 
O Lafe tem um faturamento de R$ 70 milhões nos últimos 12 meses, mas não tem laboratório próprio: terceiriza todo o processamento de suas amostras.
 
Para o Fleury, a aquisição gera valor ao conectar a rede de coleta do Lafe à sua própria área técnica no Rio, que está subutilizada.
 
A geografia das duas empresas é amplamente complementar.  Na maioria das microrregiões onde a LAFE opera no Rio, o Fleury está ausente.  Além da capital, o Lafe tem unidades de coleta em Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nilópolis, Belford Roxo e Nova Iguaçu.
 
A aquisição permite ao Fleury acelerar sua expansão num mercado onde, no último trimestre reportado, a companhia cresceu 17% ano contra ano.  O Fleury opera no Rio com as marcas Labs A+ e Filippe Mattoso.

A Lafe — uma antiga marca da DASA — foi vendida há quatro anos ao empresário João Renato Côrtes de Barros Silveira, um conhecido profissional do mercado de medicina diagnóstica no Rio, por uma decisão do CADE.
 
Quando aprovou a fusão da DASA com a MD1, o CADE determinou que a DASA vendesse a terceiros um pacote de ativos incluindo pontos de coleta, uma marca conhecida no mercado carioca, equipamentos e profissionais.

Para cumprir esta exigência, a DASA vendeu a Pro Echo e a Lafe (então chamada Lafê) de volta para João Renato.  Anteriormente, o próprio João Renato havia vendido a ProEcho para Edson Bueno e permanecera como seu executivo por alguns anos. A transação de hoje não inclui a ProEcho, que continua com João Renato. 
 
Esta é a primeira aquisição do Fleury desde março, quando a companhia adquiriu o IRN (Instituto de Radiologia de Natal).
 
O Fleury foi assessorado pela Inspire Capital. A Lafe foi assessorada pela L6.