A Fitch elevou o rating nacional de longo prazo da BR Partners de ‘AA-’ para ‘AA’ — num movimento que valida a melhora operacional e de balanço da companhia nos últimos anos e deve ajudar nos esforços comerciais da vertical de derivativos.
A Fitch disse que o upgrade reflete “a consistência da rentabilidade operacional do banco nos últimos anos, mesmo diante de um ambiente operacional mais desafiador.”
“Essa resiliência é impulsionada pela contínua expansão e diversificação de atividades dentro de suas unidades de negócio especializadas,” disse a Fitch, acrescentando que espera que tanto o perfil de risco quanto a estrutura de capital da BR Partners “continuem gerenciados de maneira prudente.”
Com o upgrade, a BR Partners se torna o único banco do segmento S4 com um rating ‘AA’. O próximo upgrade seria para um rating ‘AA+’, seguido pelo ‘AAA’, o mais alto possível.
A outra agência de rating que cobre a empresa é a Moody’s, que continua com uma rating de ‘AA-’ para a companhia, mas pode fazer uma revisão no segundo semestre.
O CEO da BR Partners, José Flávio Ramos, disse ao Brazil Journal que o upgrade mostra que os “os planos que desenhamos, principalmente depois do IPO, foram atingidos, em termos de estrutura de balanço, passivos, patrimônio e resultados.”
Além disso, o rating terá um impacto comercial para a companhia, segundo ele, ajudando na área de treasury, sales and structuring, que atua com a estruturação de operações de derivativos e responde por cerca de 20% do top line da companhia.
“Muitas empresas, principalmente as de capital aberto, têm um limite mínimo de rating para poder operar com um banco como contraparte,” disse ele. “O fato de sermos ‘AA’ vai nos permitir atingir mais empresas nas operações de derivativos.”
Outro benefício será no custo de funding, que deve cair com o novo rating.
José Flávio disse, no entanto, que não espera um impacto tão significativo nessa frente porque a BR Partners já vinha sendo precificada como uma empresa ‘AA’.