Menos de um ano após o lançamento de seu Fiagro, a Kijani Investimentos acaba de levantar mais R$ 334 milhões num follow-on do fundo. 

Com o aporte, a gestora passa a administrar o terceiro maior Fiagro do País, com um patrimônio superior a R$ 550 milhões. O KJNT11 fica atrás apenas do KNCA11, da Kinea, que tem R$ 818 milhões de patrimônio, e do RURA11, do Itaú (com R$ 597 milhões).

O fundo veio a mercado em janeiro num IPO de R$ 240 milhões.

Os novos recursos serão alocados em operações de crédito a varejistas do setor, empresas de máquinas e grupos produtivos das áreas de grãos, produção animal e sucroenergético.

O fundo foi distribuído pela XP e está disponível apenas no mercado de balcão, sem listagem na Bolsa, o que garante um passivo mais resiliente e de longo prazo, disse Bruno Santana, sócio e CEO da Kijani.

Baseada em Londrina, a Kijani se autodenomina a única gestora do Brasil 100% dedicada a ativos do agronegócio. Antes de fundar a Kijani, Bruno foi durante seis anos sócio na Aqua Capital, a gestora que controla a Agrogalaxy.

Segundo ele, a nova captação ocorre num momento em que o mercado de Fiagro está mais maduro. Em janeiro, na primeira oferta, os fundos com foco no agronegócio tinham um estoque de R$ 1,4 bilhão em ativos. Em agosto, esse número já estava em R$ 4,5 bilhões.

Com o Fiagro rodando, a Kijani agora vai acelerar suas duas outras verticais. No mercado de private equity, a Kijani se prepara para seu segundo grande deal, ainda com capital próprio.

O primeiro ocorreu em maio, quando a gestora adquiriu a participação do Actis na Genesis Group, uma empresa de testes, análise e certificação da cadeia de alimentos.

Além de expandir suas operações em private equity, a gestora pretende retomar os planos de investimento em fazendas. Em agosto, a asset havia pedido autorização à CVM para criar um fundo para aquisições de terras agrícolas, mas com a alta da Selic decidiu suspender os planos.

“Com a Selic em dois dígitos a operação já não parava mais em pé e ficou difícil encontrar uma remuneração adequada,” disse Bruno.