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A EZTEC acaba de locar 14 andares comerciais — metade de um edifício triple-A em São Paulo — uma possível consequência do degelo incipiente da economia.  
 
No mínimo, o contrato representa um fenômeno típico de momentos de alta vacância no mercado imobiliário comercial, em que inquilinos alojados em regiões mais distantes (no caso da Amil, Alphaville) começam a encontrar preços razoáveis em regiões mais nobres.  Este ‘trading up’ por parte dos inquilinos geralmente sinaliza o fundo da curva de preços e precede a virada no mercado imobiliário.
 
A incorporadora da família Zarzur, dona da Torre B do complexo EZ Towers (na foto), locou para a Amil lajes corporativas entre o 6º e o 19º andar, totalizando 24.700 m² de área, ou 53% da torre.  O contrato é de 180 meses.
 
A obra da Torre B está ficando pronta agora, e a EZTEC procurava inquilinos há cerca de um ano. Por conta de seu contrato com a São Carlos — para quem a EZTEC vendeu a Torre A em janeiro de 2013 — a EZTEC tinha limitações para alugar o prédio antes de meados de 2015.
 
Estimando-se o metro quadrado em R$12,5 mil, a Torre B vale cerca de R$600 milhões, mais de 20% do valor de mercado da EZTEC, mas os Zarzur ora consideram manter a torre como renda ora pensam em vendê-la. 

A EZTEC é uma das poucas incorporadoras com caixa líquido, um banco de terrenos relevante e cerca de R$340 milhões em recebíveis performados.
 
A EZTEC também acaba de alugar três andares para o Itaú Unibanco na Torre Xangai — parte do prédio de salas comerciais EZ Mark, na Rua Domingos de Morais, na Vila Mariana — totalizando 4.490 m² de área privativa, o que corresponde a 39% do edifício. O contrato é de 120 meses.
 
O conjunto EZ Mark é composto de duas torres: a maior parte da primeira torre foi vendida no lançamento, mas a segunda não havia encontrado demanda até agora.
 
Ao decidir alugar as salas — originalmente construídas para venda — a EZTEC disse que o aluguel para o Itaú vai ajudar a valorizar o edifício, e que seus esforços de venda continuam.