Os ex-CEOs da Kraft Heinz, da Equatorial Energia e da Merrill Lynch no Brasil estão conversando com investidores para levantar um SPAC de US$ 200 milhões para comprar um ativo no Brasil.

11051 5cc18e25 d784 9e4a d5da 2a5c389000d8Bernardo Hees, Carlos Piani e Rodrigo Xavier têm dito a investidores que o SPAC será agnóstico em relação aos setores da economia, mas vêem oportunidades particularmente em infraestrutura e bens de consumo, setores onde o trio tem mais experiência e pode agregar capital operacional além do financeiro.
 
Um SPAC levanta recursos junto a investidores com a promessa de encontrar e comprar um ativo atraente no prazo de dois anos. (O investidor não sabe o que vai ser comprado, mas confia no histórico de quem levanta o SPAC.  Uma vez anunciada a aquisição, os investidores têm poder de veto.)
 
O roadshow está acontecendo esta semana.

Se a captação for bem sucedida, o veículo, batizado de HPX, será listado na NYSE já no mês de julho.

O Credit Suisse está assessorando o grupo.

O HPX não buscará necessariamente uma posição de controle, segundo investidores que conversaram com o trio. Assumindo o uso de alavancagem e o que o vendedor não saia completamente do negócio, o HPX poderá comprar participação numa empresa avaliada entre R$ 3 bilhões e R$5 bilhões.

10078 3b945c58 fdf3 0000 0000 81ec9c57a84cHees, que antes da Kraft Heinz foi CEO da ALL, deixou a 3G Capital no ano passado e hoje é executive chairman do board da Avis, a locadora de automóveis americana, e membro do conselho da Bunge.

Piani, ex-sócio da Vinci, foi CEO da Equatorial e da PDG Realty. Mais recentemente, foi presidente da Kraft Heinz no Canadá e head de M&A global da companhia. Também  participou dos boards da Unidas, Burger King Brasil e da Le Biscuit, entre outros investimentos da Vinci.

Xavier — que começou a carreira no antigo Pactual, foi um dos fundadores da Vinci e liderou a Merrill Lynch no País — voltou ao Brasil em agosto do ano passado depois de dois anos como fellow em Stanford, onde criou a Brazil at Silicon Valley Conference.

Este seria o primeiro SPAC levantado por brasileiros para investir em um ativo no Brasil.