BRASÍLIA — Rogério Marinho, o atual secretário especial da Previdência e um dos principais responsáveis pela aprovação do texto em primeiro turno na Câmara, deve assumir a articulação da reforma tributária no Congresso, duas fontes do Ministério da Economia disseram ao Brazil Journal.
O nome de Marinho, que era deputado pelo Rio Grande do Norte até dezembro, agrada o Presidente Bolsonaro, que já tinha boa relação com o ex-colega de Câmara. O Ministro Paulo Guedes é um dos principais defensores da ideia.
Um dos formatos em estudo seria a transferência de Marinho para o próprio Palácio do Planalto, de onde ele poderia coordenar o andamento das reformas.
Depois de ser o relator da reforma trabalhista no Governo Temer, Marinho acabou não se reelegendo. Mas a credencial lhe valeu para que fosse convidado por Guedes para sua equipe.
Desde fevereiro, Marinho tem uma rotina frenética, negociando a Previdência dentro do Governo e com todas as bancadas da Câmara. Emenda cafés da manhã, almoços e jantares com parlamentares, ouve preocupações e interesses de ministros e amigos do governo.
Em maio, quando Guedes se desentendeu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, entre outros motivos por causa da retirada da proposta de capitalização da reforma, coube a Marinho manter as pontes com a cúpula da Casa.
Seu perfil discreto mas combativo rendeu elogios abertos de líderes e do próprio Maia. “Ele consegue ser calmo até quando está bravo,” diz um ministro.
Ao longo dos últimos meses, Marinho era visto com frequência no Plenário da Câmara, sempre com seus técnicos à disposição para tirar dúvidas de deputados, refazendo cálculos e evitando a aprovação de artigos e destaques que pudessem reduzir a potência fiscal da proposta.
Ao Brazil Journal, Rogério afirmou que seu plano, neste momento, é garantir a aprovação da reforma da Previdência, que deve ser votada em segundo turno na Câmara semana que vem.
Esse foco tem ajudado o Brasil.