O ex-CEO do Credit Suisse, Tidjane Thiam, está levantando US$ 250 milhões para um SPAC que vai investir em alguma empresa de serviços financeiros. 

A notícia foi dada em primeira mão pelo Financial Times.

Segundo o jornal, o JP Morgan levou a ideia a Tidjane e está assessorando na captação; o CEO Jamie Dimon estaria pessoalmente envolvido. 

Num SPAC, o equivalente ao IPO de um cheque em branco, os sponsors levantam dinheiro com a promessa de encontrar e comprar um ativo atraente no prazo de dois anos. (O investidor não sabe o que vai ser comprado, mas confia no histórico de quem levanta o SPAC.)

O SPAC de Tidjane será listado na Bolsa de Nova York e ainda não teve seu nome definido. 

Os esforços do ex-banqueiro — que renunciou à presidência do Credit Suisse em fevereiro passado após um escândalo de espionagem e acusaçōes de racismo velado — vem num momento em que os SPACs cativaram o imaginário do investidor americano.

No ano passado, 219 SPACs levantaram US$ 73 bilhões nos EUA, um volume seis vezes maior que o do ano anterior. Para se ter uma ideia, o montante superou também o valor captado por meio de IPOs tradicionais (US$ 67 bilhões), levando Wall Street a tachar 2020 como ‘o ano dos SPACs’.

Tidjane engrossa uma lista (cada vez mais extensa) de ex-banqueiros levantando dinheiro por meio de SPACs.  

Em agosto, o ex-COO da Goldman Sachs, Gary Cohn, revelou que estava captando um SPAC de US$ 600 milhões; alguns meses depois, Makram Azar, o ex-chairman do Barclays, também criou seu próprio SPAC — o Golden Falcon Acquisition Corp — que está levantando outros US$ 300 mi. 

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