Guilherme Vilazante e Daniela Bretthauer estão se juntando à Eleven Financial para reforçar o time da empresa de análise independente num momento em que o mercado de IPOs volta a esquentar.

Vilazante, um analista veterano do setor de construção civil que já trabalhou no UBS, Barclays e Merrill Lynch, está assumindo a cobertura do setor imobiliário da Eleven e deve publicar seu primeiro relatório, sobre o IPO da Tenda, nos próximos dias. Com boa parte dos bancos impedidos de emitir opinião agora por participarem do IPO, a Eleven pretende aproveitar essa janela de escassez.

Bretthauer, uma das mais conhecidas analistas de varejo do País e diretora de relações com investidores do Magazine Luiza nos últimos três anos, fará parte do conselho de administração da Eleven e vai estruturar a cobertura de empresas de saúde e ‘small caps’ [no caso da Eleven, empresas com valor de mercado abaixo de R$2 bilhões].  

As contratações devem ajudar a Eleven — que no mercado de pessoas físicas compete com a Empiricus — a aumentar sua penetração no mercado de investidores institucionais e internacionais, que demandam pesquisa independente daquela oferecida pelos grandes bancos de investimento. Desde o mês passado, os relatórios da Eleven estão disponíveis para investidores internacionais na Eikon, a plataforma da Thomson Reuters.

A contratações devem ser as primeiras de uma série.  “Vamos montar um ‘dream team’ para a próxima safra de IPOs, com pessoas com histórico em cada setor,” diz Adeodato Netto, fundador da Eleven.

Vilazante já trabalhou em 14 IPOs e foi premiado 15 vezes pela Institutional Investor, a revista que reconhece anualmente o melhor do sellside baseado na opinião dos clientes.

Desde que deixou a Merrill em meados de 2015, Vilazante esteve envolvido em seus investimentos na economia real, tornando-se sócio dos restaurantes Sarrasin, Salvatore Loi e Sympa!

Bretthauer, que começou sua carreira no Santander e na Goldman, foi chefe da área de pesquisa do Raymond James e eleita a melhor analista de varejo e consumo do Brasil pela Institutional Investor em 2006 e 2007.