A ação do Banrisul cai 7% agora à tarde depois de Eduardo Leite mudar sua posição sobre a privatização do banco estatal gaúcho.
Eduardo – que antes era a favor de discutir uma privatização – prometeu hoje que não vai privatizar o banco, atribuindo a mudança de postura aos aliados de que precisa ganhar a eleição.
“Eu quero falar contigo sobre o Banrisul. Nunca esteve no nosso plano de governo a privatização do banco. Mas, diante de demandas que chegam de quem vem se somando aos apoios a nós neste segundo turno, vou assumir um compromisso mais claro: não encaminharemos o banco à privatização neste próximo governo,” Leite diz num vídeo publicado em suas redes sociais.
O texto foi reproduzido pela Zero Hora, o maior jornal gaúcho, que notou a mudança no discurso.
Segundo o jornal, no primeiro turno Leite havia dito que abriria uma discussão sobre a privatização do banco. Em seu primeiro mandato, Leite privatizou diversas estatais como parte de uma reorganização das contas do Estado e se tornou uma referência nacional.
O outro candidato ao Palácio Piratini, o bolsonarista Onyx Lorenzoni, também já se manifestou contra a venda do banco público.
Cedo ou tarde, a realpolitik cobra seu preço de todos os políticos. O Banrisul continua sendo a última vaca sagrada gaúcha, e a composição de forças da sociedade prefere manter o status quo – ainda que, no final, é próprio contribuinte quem paga a conta.
Às vezes, uma liderança política arrojada (e arejada) consegue convencer a sociedade. Outras vezes, o líder vai a reboque.
Em Minas Gerais, por exemplo, Romeu Zema terá a oportunidade de provar o tipo de líder que é. O governador mineiro pode privatizar a Cemig e a Copasa.
A ação PN do Banrisul – a mais líquida – perdia 6,9% para R$ 11,58 por volta das 16hs.